O domínio do computador por um número cada vez maior de pessoas, aliando as facilidades dos envolvimentos à distância e a privacidade oferecida pela Internet aumenta os praticantes de sexo virtual. Os desejos se expressam de forma explícita e ao mesmo tempo, sigilosa, pelos caminhos da internet, desencadeando uma moléstia, os viciados pelo sexo virtual.
Pesquisas revelam que os Estados Unidos são hoje detentores de mais de dois milhões de pessoas viciadas em sexo virtual. Os americanos chegam a navegar entre 15 a 20 horas por semana nos sites de sexo, no Brasil não existem dados estatísticos, mas certamente somos detentores de um número considerável de brasileiros nesta prática.
As pessoas criam uma fantasia “perfeita” com relação à necessidade da própria sexualidade, o sexo se transforma em excitação imediata que o simples fato de estar acessar a internet pode desencadear um estímulo sexual.
Homens e mulheres que vivem as próprias fantasias sexuais através de imagens e simulações levam a uma tamanha excitação que os tornam sexualmente satisfeitos, eliminando assim a necessidade e o desejo do contato sexual.
A pessoa passa a viver de forma virtual, sem o contato com o outro, numa forma velada de masturbação, aparentemente com a imagem do outro. O isolamento e a privacidade ficam exclusivos que somente as pessoas colocando o computador em um local visível, poderão se proteger de um “enclausuramento virtual”.
O policiamento pessoal e a determinação, serão aliados importante no combate a este auto-isolamento virtual, pois a compulsão a visitar os sites de sexo, faz com que as pessoas vivam uma desestabilização psicológica, o sexo passa a ter o significado da realização imediata do desejo, sem o verdadeiro empenho na conquista ou interação pessoal.
O sexo pode e deve ser divertido, excitante e a fantasia é sua grande aliada para um excitamento agradável e prazeroso, mas é com carinho, toque, comunicação e atmosfera da relação com o outro a grande solução para a realização sexual, sem falar do pleno prazer proporcionado no contato com o parceiro.
Transformar o desejo e desenvolvimento sexual numa exclusiva atitude virtual, poderá convergir mais cedo ou mais tarde em transtornos conseqüentes, tais como impotência ou apatia sexual.
O prazer sexual, tenderá a se fechar em um mundo tão virtual, que o contato com o outro tenderá a ser visto como um retrocesso, o que definitivamente não é verdade.
O sexo é um complemento da relação, e precisa da conivência e da participação do outro, a fantasia pode ser o tempero, mas não deve ser o único meio de excitação e realização sexual.
O sexo virtual, quando vivido de forma sistemática, pode acarretar como conseqüência a destruição de relacionamentos e carreiras profissionais, uma vez que o foco do desejo fica centrado na virtualidade do prazer sexual, contribuindo para um isolamento perigoso e doentio. Os relacionamentos a distância são sempre muito sedutores, a realidade nem sempre.
É necessário aprender a lidar com as diferenças, a virtualidade acaba anulando esta necessidade, o perfeito idealizado parece real. A virtualidade pode favorecer as situações sexuais novas, através da máquina, a pessoa, pode dar vazão as mais variadas fantasias, pode se excitar ao ponto de produzir um grande orgasmo, com a masturbação da era virtual.
Fonte: She.com.br
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