quarta-feira, 6 de março de 2013

Primeiro vibrador da História era terapêutico e movido a vapor

Nada de erotismo. O primeiro vibrador da História estava bem longe de ser um “brinquedinho” sexual: era um objeto prescrito por médicos para curar uma doença mental feminina, a histeria. Ficou curioso, né? O filme Hysteria contou as curiosidades da invenção desse objeto. E o História sem Fim mostra como os vibradores saíram dos consultórios médicos e foram parar nas vitrines dos sex shops.



Acalmando os ânimos
Durante o século XIX, a ansiedade, a irritabilidade e a insônia eram reclamações frequentes de mulheres em consultórios psiquiátricos. Entre os médicos, o diagnóstico mais comum era de histeria, uma doença psíquica. Para curar a enfermidade, era preciso acalmar o ânimo da mulherada. O primeiro conselho dado às casadas era animar a relação com o marido, pedindo que ele fizesse carinho na sua vagina… com as mãos! Se não desse certo, o tratamento às casadas era o mesmo oferecido às solteiras: massagem vulvar. Feita pelo próprio médico.
Com as mãos, o médico massageava o clitóris da paciente até ela atingir o orgasmo e ficar mais calma. Era um procedimento comum e profissional. Difícil não imaginar besteira, né? Mas os doutores juravam que não tinha nada de sexual nisso. Era como o exame de próstata realizado hoje nos homens: põe a mão, mas sem segundas intenções.

O problema é que algumas mulheres necessitavam de massagens que duravam horas. E os médicos ficavam com os dedos “ocupados” o dia todo. Para aliviar as mãos desses profissionais e as dos maridos, em 1869 o médico norte-americano George Taylor patenteou o primeiro vibrador e o batizou de The manipulator. Nada de pilha, bateria ou eletricidade: o primeiro vibrador era movido a vapor. Alguns anos depois, em 1880, apareceu o vibrador movido a manivela, inventado pelo inglês Joseph Mortimer Granville.

O primeiro vibrador elétrico só começou a ser comercializado no século XX, em 1902, pela empresa norte-americana Hamilton Beach, especializada em equipamentos de cozinha. Enfim, o remédio para curar a histeria feminina poderia ser levado para dentro dos lares.

Item de utilidade doméstica
Mesmo tendo se tornado um objeto doméstico, até os anos 1920, os vibradores não eram brinquedos sexuais. A publicidade da época, inclusive, anunciava as várias utilidades do produto – e nenhuma delas era erótica. Mas nos anos seguintes, os vibradores começaram a ser utilizados em filmes pornográficos e a sua imagem ganhou uma conotação sexual. Aos poucos, os brinquedos foram sendo proibidos pelos maridos e as propagandas em revistas e jornais começaram a desaparecer. O remédio virou fetiche.

Fonte: http://osreformados.com

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