terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os limites do prazer sexual

“Entre quatro paredes, vale tudo”, diz um dito popular. Bem, acho que eu, você e quase todo mundo já disse essa frase. Mas no fundo, ela não condiz com a realidade. No sexo – inclusive com um parceiro fixo – existem limites, ou seja, um ponto que não deve ser ultrapassado, independentemente do amor que você sinta pelo outro. Na verdade, é preciso que ambos concordem com cada prática e sugestão na cama, considerando suas fantasias, preferências e também inibições.



Com o passar do tempo, as relações se aperfeiçoam, seja através do diálogo, da linguagem corporal ou por tentativa e erro, quando ambos passam a se conhecer profundamente (pelo menos, é ideal que isso ocorra). Nesse processo, são definidas determinadas práticas e jogos sexuais, enquanto outras são deixadas de lado ou sequer são experimentadas. As diferentes práticas adotadas passam a fazer parte de um acordo, explícito ou implícito.

Um casal não precisa fazer absolutamente tudo o que propõe um dos parceiros. Isso não está escrito em nenhum manual, embora muitas pessoas se aproveitem para pressionar e produzir culpa, dizendo “se estamos juntos, você deve me dar prazer total”. Às vezes, a pressão é tão grande que a única saída é ceder, incorrendo em práticas que produzem dor, desconforto ou mal-estar.

O importante é explorar ao máximo a fantasias que definitivamente dão prazer a ambas as partes. Ninguém é obrigado a ceder a uma prática sexual que não condiz com seu estilo, sua forma de pensar ou que lhe causa repugnância. Mais cedo ou mais tarde, ressentimentos e angústias irão surgir, e isso não é bom nem para você, nem para seu parceiro ou parceira.

Então, quais são os limites sexuais mais comuns? Incorporar alguém (uma terceira pessoa ou um casal) à relação sexual; jogos eróticos fortes, que incluem dominação ou dor; práticas específicas como sexo oral ou coito anal; movimentos ou posições que produzem desconforto ou dor e diferenças na frequência sexual desejada, entre outros. Tendemos a pensar que as mulheres sempre impõe os limites na cama e não concordam em realizar fantasias a dois, mas não é assim. Cada vez, vemos mais mulheres transgressoras e homens mais tranquilos e conservadores, sexualmente falando.

Em síntese, a sexualidade inclui alguma forma de negociação, mesmo que soe um tanto especulativa. O importante é que ninguém sinta que está perdendo com o acordo, e que o casal ganhe em prazer e criatividade.

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