terça-feira, 23 de abril de 2013

Strippers virtuais realizam fantasias à distância e cobram por minuto


Quem acompanha a série "Pé na Cova", da Globo, tem visto a personagem Odete Roitman (Luma Costa) ganhar a vida fazendo shows de striptease pela internet. A história fictícia tem seu lado cômico e os exageros típicos de personagens caricatos, mas qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.



Do lado de cá da tela da televisão, mulheres se colocam à disposição na internet para exibir seus corpos com danças sensuais e realizar as fantasias de quem compra os seus serviços, transformando a profissão de stripper virtual em um negócio que, segundo elas, é bastante rentável.

"Meu trabalho, hoje, é uma empresa", afirma Ana Stripper, 29. Desde 2006, ela se dedica integralmente a shows de striptease pela webcam. No início, fazia apenas por diversão. "Frequentava chats de sexo e me exibia pelo MSN só para amigos", conta. Com o tempo, homens desconhecidos passaram a adicioná-la na expectativa de assistir a seus shows.

Foi então que Ana percebeu o grande interesse e a dificuldade que os homens tinham de encontrar mulheres realmente a fim de se exibir e de fazer sexo virtual. "Assim, veio a ideia de cobrar por exibições", explica. "Em pouco tempo, eu já acumulava uma centena de clientes pagantes".

Hoje, a stripper tem empresa registrada e domínios próprios, paga impostos, investe em publicidade e conta com o auxílio de outras pessoas em suas produções e sites: (www.anastriper.net e www.nuanarua.com).

"Fazer striptease lida com minha vaidade e segurança emocional. Tenho que gostar de mim, me sentir bem e não ter preconceitos para realizar exibições com sensualidade e naturalidade. Ser realizada no meu trabalho acabou me tornando uma mulher mais disposta, criativa e segura em minha relações sexuais", revela.
Jujuba Stripper, 30, conta que há dois anos atua como stripper virtual. Ela seguiu um caminho semelhante ao de Ana: também começou se exibindo gratuitamente em chats. Depois, trabalhou para sites que pagam uma porcentagem pela exibição e, hoje, tem sua própria página.

Já Juliana Ferrari (que prefere não divulgar seu site), 26, entrou nessa há oito meses. Sua atividade principal era a de acompanhante. Atualmente, faz de sua profissão como stripper virtual, além de uma fonte de renda, um cartão de visita para quem deseja sair com ela.

"Vi que era muito prático. O cliente já paga na hora, online, e eu faço o que ele pedir. Como a demanda está grande, até aumentei o valor", fala. "Esse é o meu trabalho, minha renda. Com o dinheiro que ganho, invisto em estudo para outra profissão que também quero seguir", completa.

O dia a dia

Cada uma monta a sua rotina de acordo com a demanda e disposição. Ana, por exemplo, faz de dez a 15 shows diários. "Em média, troco de roupa dez vezes ao dia. Visto fantasias, lingeries, botas e roupas sensuais que agradem os meus clientes", relata.

Ana está disponível para o trabalho de segunda a segunda, com pausas e intervalos para tarefas cotidianas, como mercado, banco, compras e academia. E ela sempre tira um dia da semana para folgar e sair com os amigos.

Ana inicia suas atividades às 10h, depois de tomar café e ir para a academia. Chegando em casa, escolhe uma lingerie ou uma roupa sensual e se conecta para fazer contatos com os possíveis clientes. "Conto o que faço, explico como funciona, tiro as dúvidas... Assim, eles vão sugerindo o que querem e os pagamentos vão entrando", conta.

Juliana atende de segunda a sábado, em torno de quatro a oito clientes por dia. Em dias mais movimentados, chega a fazer de dez a 15 shows.

Jujuba mantém uma média menor: de quatro a cinco atendimentos diários, pois nem sempre se sente disponível para a atividade. Por isso, não segue uma rotina. "Mas costumo acordar, ver quais clientes estão agendados, me preparar e, então, aguardá-los para fazer o meu show".

Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento  Texto: Camila Dourado

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