quarta-feira, 24 de abril de 2013

Quem trai mais: o homem ou a mulher?


Pelo menos entre os brasileiros, os reis da traição são os homens. Aliás, se pular cerca fosse esporte, certamente estaria entre os mais praticados do país. Isso é o que indica uma pesquisa feita em 2003 pela Universidade de São Paulo (USP), que ouviu as confissões sobre infidelidade de quase 4 mil pessoas casadas em 17 cidades. De acordo com o estudo, metade dos homens já deu suas escapadinhas pelo menos uma vez durante o matrimônio. 



Entre as mulheres, o índice médio de infidelidade é bem menor, em torno de 22%. Para entender tamanha diferença, é preciso considerar fatores biológicos e tradições típicas do nosso país. "Primeiro, devemos ter em mente que o homem tem um hormônio sexual muito potente, o andrógeno. Isso pode gerar maior agressividade sexual em relação à mulher, influenciada por um hormônio mais suave, o estrógeno. Em segundo lugar, a cultura brasileira dá ao homem liberdade para fazer sexo e diversificar suas conquistas", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora da pesquisa da USP.

Um aspecto importante é que os dois sexos traem por razões bem diferentes. Enquanto a rapaziada geralmente só quer descarregar o tesão e obter satisfação física, as mulheres costumam entrar de cabeça na relação, se envolvendo muito mais. "Quase sempre, elas querem romper um dos relacionamentos e se dedicar àquele que mais satisfaz a sua necessidade afetiva", diz Carmita. A pesquisa mostrou também a idade mais comum para os casos extraconjugais. Entre as mulheres, as meninas jovens são as mais saidinhas. No caso dos homens, o título da traição vai para o chamado "gatão de meia-idade" (ou "tiozinho da Sukita", dependendo da situação): o homem entre 40 e 50 anos. Outro aspecto curioso é que a infidelidade varia de acordo com a região do país. Do lado das mulheres, as cariocas são as mais infiéis. No ranking dos homens, os líderes são os baianos (confira a lista completa na tabela abaixo). De novo, a tradição cultural ajuda a explicar os resultados.

"No Brasil, a mulher carioca é vista como um símbolo de sexualidade e liberdade. Já o homem baiano é o herdeiro de uma tradição machista que dá ao sexo masculino o ‘direito’ de ter várias parceiras", diz Carmita.

Campeões do chifre: Baianos e cariocas lideram o ranking

Estado - BA
Índice de infidelidade/Homens - 64%
Índice de infidelidade/Mulheres - 25,2%

Estado - PA
Índice de infidelidade/Homens - 62,1%
Índice de infidelidade/Mulheres - 20,3%

Estado - CE
Índice de infidelidade/Homens - 61,1%
Índice de infidelidade/Mulheres - 26,7%

Estado - RS
Índice de infidelidade/Homens - 59,9%
Índice de infidelidade/Mulheres - 31,7%

Estado - DF
Índice de infidelidade/Homens - 59,8%
Índice de infidelidade/Mulheres - 27,7%

Estado - RJ
Índice de infidelidade/Homens - 56,7%
Índice de infidelidade/Mulheres - 34,8%

Estado - SC
Índice de infidelidade/Homens - 56,3%
Índice de infidelidade/Mulheres - 20,9%

Estado - MG
Índice de infidelidade/Homens - 52,2%
Índice de infidelidade/Mulheres - 28,8%

Estado - RN
Índice de infidelidade/Homens - 51,8%
Índice de infidelidade/Mulheres - 30,2%

Estado - PE
Índice de infidelidade/Homens - 49,2%
Índice de infidelidade/Mulheres - 26,5%

Estado - SP
Índice de infidelidade/Homens - 44,2%
Índice de infidelidade/Mulheres - 24,1%

Estado - PR
Índice de infidelidade/Homens - 42,8%
Índice de infidelidade/Mulheres - 19,3%

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