quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aplicativo Lulu vibra febre e divide opiniões



Depois de fazer sucesso nos Estados Unidos, chega ao Brasil o polêmico aplicativo Lulu. Voltado apenas para o público feminino, ele traz ao mundinho virtual aquele velho hábito das rodinhas de mulheres que não poupam comentários sobre os seus pretendentes. E, claro, tudo de forma anônima.
Ah, e como o próprio nome diz, homem não pode entrar na brincadeira!

Funciona de uma forma bem simples: primeiro elas respondem perguntas sobre humor, bons modos ou aparência. O programa faz uma média das respostas e dão notas de 0 a 10 para cada um. As usuárias podem ainda fazer comentários por meio de hashtags, repletas de qualidades e defeitos: #christiangrey, #lento, #nãocheiranemfede, #esqueceacarteira, #ronca, #pagaaconta ...

A aparência, o primeiro encontro, o primeiro beijo e o desempenho do rapaz na cama são algumas das possíveis avaliações que podem ser feitas anonimamente. Os resultados são compartilhados no Facebook com as amigas, amigas das amigas e com as amigas do rapaz. Lembrando que elas sempre serão anônimas - homens e mulheres não sabem as suas postagens no aplicativo e o perfil não está vinculado em qualquer avaliação.

Se as empresas de Recursos Humanos já usam as redes sociais para conhecer melhor seus candidatos, o Lulu segue o mesmo caminho quando o assunto é achar um pretendente. Ou seja, a mulher vai acabar usando o aplicativo como um filtro para não cair em roubadas. Mas vale ressaltar que, por serem opiniões anônimas, elas podem ser bastante subjetivas.

"O que pode ser defeito para uma mulher pode não ser para outra. Por isso, o Lulu pode servir apenas de suporte para atestar a coerência entre o que o cara fala e faz, e não como único recurso para testar a veracidade das informações sobre ele", pensa e aconselha Dr. Thiago de Almeida, psicólogo e especialista em relacionamentos amorosos do Brasil pelo American Biographical Institute (ABI).

Vingancinha feminina?

"O Lulu é a boca do sapo virtual da mulher contemporânea", dispara o psicólogo. "O homem que briga com uma mulher, briga com todas e este aplicativo é a prova viva disso. Defende que nenhum homem pode tomar atitudes depreciativas contra a mulher e sair impune."

O psicólogo, inclusive, atende pacientes que usam e que são avaliados pelo aplicativo. E diz que em alguns casos, quando a mulher é preterida, usam o Lulu para difamar o ex. Os homens contemporâneos que não conhecem as mulheres e ficam colocando panos quentes na hora de colocar um ponto final na relação acabam caindo no BBB virtual do Lulu, correndo o risco de perder outras oportunidade de conhecer outras pretendentes. Pois é, mulher pode ser vingativa, não tem jeito.

#maldecama

Mas tal avaliação não seria injusta com eles? Afinal, além de ser algo bastante subjetivo, eles também não escolheram estar ali, certo? "Todos os dias ouvimos garotos que querem estar no Lulu. Na verdade, já recebemos mais de meio milhão de pedidos de pessoas querendo ser avaliadas também. O Lulu é totalmente provocante, e nós achamos isso uma coisa boa: significa que nós estamos criando um produto que é considerado interessante e útil", explica a jamaicana Alexandra Chong, criadora do aplicativo, ao jornal O Globo. Será?

Já Caroline Andreis, diretora da agência de Lulu no Brasil, defende o objetivo do aplicativo é criar um ambiente seguro, dessa forma ele foi criado seguindo as leis brasileiras e norte-americanas. "Temos uma série de proteções para o produto e para os usuários, incluindo uma política de retirada progressiva e responsiva", disse em entrevista ao site TechTudo. Apesar de ela mesma explicar que basta enviar um email para privacy@onlulu.com e assim ter o perfil excluído da avaliação há também outra forma de se precaver.

Para tanto basta entrar no site do Lulu (company.onlulu.com), clicar na opção How Lulu works, procurar próximo ao rodapé da página e clicar na opção "Remove my Lulu profile". Lembrando que é necessário estar logado no Facebook para que o aplicativo saiba de qual perfil se trata.

Por Juliana Falcão (MBPress) Fonte: http://vilamulher.terra.com.br/amor-e-sexo

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