Imediatamente após o orgasmo, nem sempre tudo termina: há várias situações e pensamentos que podem surgir. Se acreditamos que o objetivo do sexo é apenas a descarga de excitação por meio do orgasmo, estamos limitando as opções. Quando temos outro olhar sobre a sexualidade, talvez mais erótico e criativo, e sobretudo se o relacionamento não se baseia apenas na atração física, o panorama é diferente.
Não posso deixar de mencionar uma diferença geral entre homens e mulheres. É comum a mulher sentir a necessidade de aconchego com o parceiro depois que seu impulso sexual se aquieta. A liberação da oxitocina (chamado de “o hormônio do carinho”) durante o orgasmo pode ser uma das explicações biológicas. A necessidade de se sentir amada, e não apenas desejada, é uma explicação psicológica. Além disso, sabemos que a mulher vincula mais o sexo ao amor, e costuma se envolver em relacionamentos onde o carinho é importante, mesmo que o desejo sexual tenha diminuído. Já o homem passa pelo chamado “período refratário”, e durante algum tempo (que podem ser alguns poucos minutos ou mais) ele sente indiferença e até rejeita o contato físico. É quando pode perceber se sente amor pela parceira ou é apenas atração sexual. Se não sente a necessidade de abraçá-la, acariciá-la ou mimá-la, então o impulso será (ainda que pareça cruel dizê-lo) o de “desaparecer”.
Além das diferenças entre os sexos, é preciso dizer que quando ambos estão em sintonia e desejam continuar juntos após o orgasmo, a sensação é maravilhosa. As carícias ternas, as palavras de afeto, as atenções mútuas, o diálogo sobre o que compartilharam, não terão o tom apaixonado que caracteriza a excitação crescente. Entretanto, a proximidade tem a vantagem de transformar o encontro erótico em uma situação sem cortes abruptos, mais harmônica e em que as sensações transcendem os limites da pele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário