Saiba de que maneira os vírus podem ser transmitidos e qual a melhor forma de prevenção
Os cuidados com nosso corpo, saúde e bem-estar devem ser tomados em qualquer época do ano. No entanto, no período do Carnaval, o número de relações casuais costuma aumentar e, em alguns casos, acontece sem proteção. A melhor forma de prevenir a contração de Doenças Sexualmente Transmissíveis é usando preservativo e informando-se sobre o assunto. O assessor médico em infectologia do Fleury Medicina e Saúde, Celso Granato, esclarece as dúvidas mais comuns sobre as DSTs.
O que são DSTs?
As Doenças Sexualmente Transmissíveis englobam um grupo de doenças transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de preservativo. As mais conhecidas são sífilis, herpes e gonorreia. Se não diagnosticadas e tratadas, elas podem evoluir para complicações graves, como infertilidade, câncer e até morte.
Os sintomas podem incluir feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas, mas, em alguns casos, são inexistentes. Por isso, o acompanhamento médico periódico é muito importante.
O tratamento das DSTs melhora a qualidade de vida do paciente e impede a transmissão. Ele pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dúvidas sobre DSTs
É possível contrair uma DST através do beijo?
Sim. Dr. Celso afirma que há inúmeros relatos de transmissão de sífilis e herpes simples por meio do beijo.
Há risco de contaminação com a prática de sexo oral?
Sim. Além da sífilis e herpes simples, é possível contrair HPV através da prática.
É possível pegar AIDS ou DSTs ao sentar em vasos de banheiros públicos?
Não. “Este é um dos maiores mitos da história das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Não é possível contrair sífilis, gonorreia, clamídia ou ainda herpes simples dessa forma”, afirma o assessor médico.
No entanto, o especialista alerta que, no caso do HPV, é possível que o vírus seja contraído, ainda que de forma menos eficiente, por meio de contatos sexuais que não envolvam a penetração propriamente dita.
O que é o HPV?
É um tipo de DST. Segundo explica Dr. Celso, a espécie Papilomavírus Humano (HPV) abrange mais de 200 subtipos, sendo que de 20 a 30 alojam-se na área genital. Grande parte produz apenas verrugas, mas certos tipos estão ligados ao câncer de colo de útero.
“A forma mais comum de transmissão é a sexual, mas os vírus também podem ser encontrados vivos em roupas íntimas, sabonetes, objetos, instrumentos médicos e até nas mãos, o que explica a possibilidade de contrair a doença mesmo em relações sexuais com preservativo”, afirma o especialista.
Os sintomas na fase inicial de contaminação incluem coceira e irritação, além da presença de verrugas genitais, que podem sangrar. No entanto, em alguns casos, a infecção não traz sintomas. “Por isso é importante manter o acompanhamento ginecológico periódico”, completa Dr. Celso.
Há mais chances de contrair DST por meio do sexo anal?
Sim. “Como nessas situações a lubrificação é muito menor, o risco de transmissão aumenta devido ao trauma”, explica.
Herpes só passa quando um dos parceiros está com feridas?
Não. “O vírus do herpes simples também pode ser transmitido no período intercrítico, que é a fase entre as crises com feridas. O cuidado tem de ser contínuo”, alerta.
Usar camisinha diminui em 100% o risco de contaminação por DSTs?
Não, mas reduz substancialmente as chances de contração. O preservativo deve ser sempre usado no sexo vaginal, anal e oral.
Fonte: http://www.bolsademulher.com
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