quarta-feira, 23 de abril de 2014

Não há um único caminho para o orgasmo

Somos herdeiros de um sistema de crenças machistas que promove a ideia de que uma mulher precisa de um homem, mais especificamente de um pênis, para atingir o orgasmo. A partir daí, supõe-se que a penetração vaginal é a via “natural” e “normal” para atingir o clímax.



Não me canso de repetir que diferentes pesquisas sobre a sexualidade da mulher são contundentes quanto à existência de diferentes estímulos que podem levar ao orgasmo, e que a penetração não é o mais importante deles. Na verdade, a maioria das mulheres atinge o clímax com o estímulo direto do clitóris, em geral quando isso é feito por meio de carícias ou de sexo oral.

Com relação à pergunta da nossa amiga, fica subentendida certa angústia por não cumprir o que supostamente seria o “normal”. No entanto, há um erro básico de conceito, além de sua forma de atingir o orgasmo ser comum e prazerosa. A sexologia batizou o estímulo simultâneo do coito e a manipulação do clitóris de “orgasmo assistido”. É uma técnica que os especialistas recomendam para os casais no contexto das terapias sexuais.

Moral da história: o sexo deve ser aproveitado, e não ser motivo de obsessão.  Há muitas fontes de prazer e, neste caso, muitos caminhos levam ao orgasmo. Sua tarefa é descobrir quais desses caminhos são apropriados e não se deixar levar pelos preconceitos tão prejudiciais.

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