Mas isso é só o sexo em sua forma mais básica. Na verdade, ele está presente em quase tudo o que realmente importa. A mensagem da beleza erótica pode ser encontrada na música, em roupas e nas artes – um nu de Picasso, uma serigrafia de Andy Warhol ou um retrato de Helmut Newton. E, como pensadores e artistas nos avisaram, para cada ato de liberação sexual, há forças opostas para negar esse fato da existência.
Sexo é espontaneidade. Uma decisão abrupta de dirigir na noite de sexta-feira até uma cidade próxima ou a centenas de quilômetros, apenas pelo prazer da experiência. Ou saudar a sua amante com pétalas de rosas no caminho para o quarto. Devemos aprender a ser mais ousados e aventureiros de espírito e enfrentar o desafio de saborear a nossa capacidade para o prazer criativo impulsivamente, aleatoriamente, sem autocensura e restrição. Sexo está em todo lugar e em tudo. Desde cenas de cinema até solos de guitarra.
Os seguintes exemplos têm como objetivo inspirá-lo a uma maior valorização do erotismo essencial das coisas. Tire um tempo para refletir sobre as conexões conscientes e inconscientes que fazemos. Partilhe a sua alegria. Deixe que a nossa lista arbitrária de 15 símbolos de sensualidade ajude a refrescar e reavivar a sua apreciação da mística sexual. Vamos celebrar esta coleção de objetos e sensações como um meio de elucidar a sensualidade intrínseca das coisas.
<< 01. Lana Del Rey cantando Videogames e Paz de la Huerta tropeçando em um bêbado na calçada de LA no clipe da música.
<< 02. A loira Naomi Watts e a morena Laura Harring começam aos beijos, partem para uma exploração minuciosa de seus corpos e acabam tendo orgasmos gloriosamente algumas vezes em Cidade dos Sonhos. Como todo filme de David Lynch, não se entende nada, mas quem se importa?
03. A química entre Leonardo DiCaprio e Kate Winslet em Titanic é uma das razões de seu sucesso (não é por causa de Celine Dion, certamente). A sequência que começa com Kate posando nua e termina com os dois fazendo amor dentro do carro fez com que nunca mais um vidro embaçado fosse visto de maneira inocente.
>> 04. O solo de Jimi Hendrix em Machine Gun, do disco Band of Gypsys. Executado na noite de Ano-Novo de 1969 no Fillmore East de Nova York, Hendrix transformou sua Stratocaster numa estranha arma sonora. Machine Gun era um protesto à participação americana na Guerra do Vietnã. Convencido pelo empresário Bill Graham, ele decidiu permanecer imóvel e concentrado. Isso produziu o assombroso solo de cinco minutos que viraria um dos exemplos mais formidáveis de seu gênio musical. No bis, Hendrix sacaria da cartola todos os seus números, moendo a guitarra, alisando-a em sua virilha, lambendo-a, num ato sexual ultrajante e genial.
05. Carey Mulligan cantando New York, New York com Michael Fassbender em Shame. Um momento assustador, perturbador e estranhamente convincente de provocação e sensualidade.
<< 06. Ludivine Sagnier deitada à beira d’água, no erótico Piscina. A sexualidade de seu personagem, amplificada pelos seios agníficos, nos faz imaginar por que o mundo é tão injusto.
07. Keira Knightley tomando palmadas no bumbum em Um Método Perigoso. No papel de Sabina Spielrein, discípula de Freud, ela disse ter bebido vodca para encarar os tapas carinhosos.
08. Jennifer Lawrence. A qualquer momento. Em qualquer lugar. Sua participação em Jogos Vorazes estabeleceu-a como a estrela mais quente do planeta, e as suas curvas abundantes são uma pausa refrescante numa era de anoréxicas.
<< 09. Scarlett Johansson
>> 10. Jean Seberg na cama com Jean-Paul Belmondo em Acossado, de Godard.
11. A cruzada de pernas de Sharon Stone sem calcinha em Instinto Selvagem, num close de sua vagina em timing perfeito (nem muito rápido, nem devagar demais).
<< 12. Marilyn Monroe nadando nua numa piscina, à noite, depois saindo da água e se enrolando num roupão azul no filme inacabado Something’s Got To Give, de 1962. Marilyn nunca foi tão… Marilyn.
>> 13.O Guggenheim de Bilbao
>> 14.Uma garrafa de 1945 de Chateau Mouton-Rothschild; de Chateau Latour (1961 ou 1990); de Chateau Margaux (1990); ou, um pouco mais facilmente obtida, um Brunello di Montalcino 1997 Montosoli.
>> 15. O ingresso para um show da última turnê dos Stones. Com Mick Jagger finalmente cansado e o imortal Keith Richards dando tilt, a última turnê dos Stones é um momento de importância cultural histórica.
Por Harold Von Kursk - Revista Alfa/ Ilustração: Pablo Lobo
Nenhum comentário:
Postar um comentário